sexta-feira, 28 de abril de 2017

O Efeito Marlon Humphrey

Da Casa, por Cleverton Linhares



Ontem, dia 28 de abril, foi dado o kickoff para o NFL Draft 2017. Os que acompanham a ocasião sabem como estes dias de escolha em geral são cercado de surpresas em torno das decisões dos times sobre quem draftar ou não, e neste primeiro dos três dias de seleção não foi diferente, inclusive para a nós mesmos.

Com a décima sexta escolha geral na mão, em um movimento controverso, o General Manager do Baltimore Ravens Ozzie Newsome escolheu o CB Marlon Humphrey, de Alabama. A escolha causou barulho entre a torcida, que ficou dividida: alguns reclamaram do fato de Newsome ter deixado de lado o DE Jonathan Allen, e o LB Reuben Foster, ambos também de Alabama e considerados jogadores top 10 da seleção por uma escolha que poderia ter sido feita em picks posteriores. Do outro lado, teve gente que gostou da escolha, pois Humphrey acrescenta valor à secundária do time de Maryland, acostumada com a construção de defesas poderosas.

E o que de fato estaria por trás da escolha do CB?




Antes de tudo, é importante lembrarmos que Humohrey não é um jogador ruim. Em seus dois anos de carreira no College, obteve 81 tackles totais, em 2015 ficou em nono lugar em interceptações (3) e fumbles forçados (2), além de uma interceptação retornada para TD em 2016. Seu principal defeito fica por conta das bolas em profundidade.

Após a escolha, junto com o seu assistente Eric DeCosta e o Head Coach John Harbaugh, ele deu algumas declarações em uma conferência ao vivo. Duas informações, destacadas por Jeff Zrebiec, do Baltimore Sun, são bastante interessantes:




Para ser honesto, eu iria na linha de que a primeira escolha dos Ravens pudesse ser no sentido de escolher um WR. Na mesma coletiva, Ozzie afirma que ninguém imaginava uma corrida tão grande por jogadores dessa posição nas dez primeiras escolhas. De fato, o que se viu nesse miolo foi uma saída bem grande de jogadores que atuam no ataque. Browns, 49ers e Jets foram na contramão dessa tendência inicial, selecionando respectivamente o DE Myles Garrett, o DE Solomon Thomas e o S Jamal Adams. Garret em especial será alguém que enfrentaremos duas vezes ao ano daqui para frente.

De qualquer forma, se no momento ele era o melhor jogador no board do GM dos Ravens, basta saber o quanto ele renderá a partir de setembro. E o teste será bem difícil, já que temos um Cleveland Broiwns se armando fortemente com mais de uma dezena de picks no Draft esse ano e mais um bocado para 2018 garantidas em trades e um rival de divisão com um ataque que dispensa comentários. Cincinnati ainda é uma incógnita, é esperar para ver os resultados.

Seja como for, a nós torcedores não resta muita coisa que não seja torcer para que as escolhas vinguem no time e nos levem a um caminho tranquilo rumo ao Super Bowl LII.

E a você, Marlon Hemphrey e todos os demais calouros selecionados pela benção de Ozzie Newsome: #WelcomeToTheFlock!

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